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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Riso feliz da hiena que não tosse

Começou mal o segundo mandato da presidenta Dilma. As medidas que ela recentemente endossou na área econômica e duas Medidas Provisórias (MPs 664 e 665*) irritaram profundamente os trabalhadores.  Por isso as Centrais Sindicais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB e UGT realizaram hoje (28) um primeiro "Dia Nacional de Lutas" em defesa dos direitos da classe trabalhadora.  Em Curitiba, o ato de protesto ocorreu na Praça Santos Andrade, das 10 às 12 horas, reunindo cerca de 300 manifestantes.  Os discursos foram duros contra a presidenta.

Foi muito divulgada entre os trabalhadores, na campanha presidencial de 2014, uma afirmação de Dilma, de que não se mexeria em direitos dos trabalhadores "nem que a vaca tussa".  Tossindo ou não tossindo, medidas que alteram os modos de acesso a alguns direitos trabalhistas foram tomadas no fim do ano.  Não por causa de bovinos, mas por causa da Hiena que se chama mercado capitalista, onde prevalece a vontade do grande capital financeiro.


Essa hiena maldita, ao longo dos mandatos Lula e Dilma, esteve ululando para garantir seus privilégios de classe dominante e abastada. Através do seu principal braço político - a mídia hegemônica - não passa um dia sem exigir que se mude a rota do país e se penalize os trabalhadores para enfrentar a dita "crise" econômica.  Pois a hiena capitalista, neste momento, demonstra ter dobrado em parte a presidenta Dilma, inclusive impondo um soldado das hostes financeiras: o novo ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Grande burguesia financeira, cheia de privilégios, mama nas tetas da vaca Brasil

O ato das Centrais de hoje foi um primeiro alerta à presidenta e um primeiro ensaio, para esquentar os motores, para novas mobilizações.  A próxima manifestação será uma Marcha programada para 26 de fevereiro.  Essas demonstrações de combate da classe trabalhadora se propõem a constituir forte resistência para impedir que o ministro Levy imponha uma agenda de austeridade e arrocho no país, que só trará recessão e reverterá avanços obtidos até aqui no campo dos salários e do emprego.  Porque a luta é para que os ricos deixem de ser poupados pelos governos e passem a contribuir com parte de suas imensas fortunas para o esforço de superar as dificuldades econômicas atuais. 
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(*)As MPs 664 e 665 alteram (dificultando acesso) as formas de conceder alguns benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, o abono salarial, o auxílio-doença e a pensão por morte.

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