Conforme noticiado na postagem anterior, o Governo Federal apresentou uma proposta financeira aos professores grevistas na última sexta-feira (13), configurando reajustes diferenciados a serem concedidos escalonadamente de 2013 a 2015, com impacto de quase 4 bilhões de reais/ano. Apesar dessa contraproposta governamental, os dirigentes da greve docente dizem não estarem satisfeitos com ela, pois "a proposta do governo não enfrenta o problema da desestruturação da carreira, apontado pela categoria".
Os professores vão realizar rodada de assembleias em todas as suas bases nos próximos dias, para o exame dessa proposta, e uma nova conversa com os representantes do MPOG está marcada para 23 de julho. Até esta data, a greve docente deve prosseguir em todas as 57 IFES onde ocorre (num total de 59).
E a proposta para a FASUBRA?
O último IG (Informe de Greve) disponibilizado no site da FASUBRA, datado de 13/07, faz uma breve análise de conjuntura sobre a greve da Educação em geral, destacando o grande número de ações realizadas para pressionar o Governo a efetivamente negociar. Nestes 35 dias de paralisação dos TAEs, foram feitas "ações no Congresso Nacional buscando apoio dos parlamentares, a suspensão das matrículas do SISU, os atos de rua, fechamento de BR’s e a ocupação de reitorias", entre outros. Além disso, está agendado para o período de 18 a 20 deste mês um mega-acampamento em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, para o qual o Sinditest enviará um ônibus das bases da UFPR/UTFPR/IFPR.
A greve da FASUBRA, portanto, demonstra força e disposição para obter as vitórias necessárias. Entretanto, em que pese o apoio, via abaixo-assinado, de 180 parlamentares e até a intermediação da Secretaria-Geral da Presidência da República junto ao MPOG, nenhuma reunião até agora foi chamada para apresentar contraproposta aos técnicos.
Não é inverossímil supor que haja uma estratégia dos negociadores do Governo de, primeiro, resolver a greve dos docentes (e por extensão, a dos estudantes), para ver se a greve da FASUBRA segura o pique. Objetivamente, se os professores negociarem logo sua saída de greve, o "clima geral" de greve nas Universidades sofre uma caída. Assim, conforme rolem os acontecimentos neste período em que os professores analisam sua negociação e podem vir a encerrar seu movimento, é preciso ficar atento para as atitudes do Governo e intensificar a greve da FASUBRA.
2 comentários:
O jogo do governo começou... Esta será Tonica que será utilizada por eles para cada categoria.
Reajustes salariais
O relatório abriu brechas para incluir reajustes salariais de servidores públicos no Orçamento de 2013. Valadares justificou que a medida foi adotada por não haver consenso entre os três Poderes sobre a questão até o fechamento do relatório. Por isso, optou por deixar uma “porta aberta” para negociações salariais.
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