Esta é a opinião de Clemente Ganz Lúcio, coordenador-técnico do DIEESE, que fez uma análise na última sexta-feira (15) da conjuntura econômica - 100 dias do governo Dilma - durante reunião da Executiva Nacional da Força Sindical.
"Hoje", declarou Ganz Lúcio, "o País enfrenta a pressão inflacionária, que não será resolvida rapidamente. Metade da inflação vem de fora, por causa do preço das commodities e o governo tem pouco a fazer nesta situação. A outra parte da inflação é fortemente influenciada pelos preços administrados, como tarifas e a terceira parte, pelos serviços. Sem o choque externo, a taxa ficaria entre 3% e 3,5%".
Diante da aceleração inflacionária, o governo precisou agir. A medida adotada foi colocar um freio na atividade econômica. O resultado verificado até agora, conforme Ganz Lúcio, foi que o emprego não cresce e, ao mesmo tempo, ocorre desemprego em alguns setores, além da redução dos números na atividade econômica e as pessoas não querem consumir muito.
O governo também fez um corte no orçamento, mas o mercado considera que o governo deve colocar um freio maior na atividade econômica.
Neste cenário, será difícil fazer negociação coletiva e com um dado novo: fazer negociação coletiva com pleno emprego. "O trabalhador aumentará seus ganhos trocando de emprego ao receber proposta com salário maior e a conseqüência será ganhar mais dinheiro sem a interferência dos sindicatos", disse.
Ganz Lúcio refutou as chances de indexação salarial, diante da inflação alta. "Será um tiro na nossa cabeça. Então como ficam os salários? É livre a negociação. Em 2003, 60% das categorias fecharam acordos abaixo da reposição da inflação e em 2010 foram apenas 4%. Neste ano será preciso analisar setor por setor e ganhar em cláusulas sociais, por exemplo."
O representante do DIEESE avaliou que "se o plano for bem-sucedido, a inflação começará a cair em agosto. Se isto não acontecer o movimento sindical terá um enfrentamento para manter o salário mínimo de R$ 616, ou seja, com reajuste de 14% em 2012. Haverá ataques para desqualificar os 14%, mas é importante lembrar que a política do salário mínimo é importante para efeito de distribuição de renda, já que praticamente obriga todas categorias a reverem seus pisos salariais."
Ganz Lúcio disse ainda que no curtíssimo prazo está na agenda do governo a reforma tributária. "Um terço das medidas propostas melhoram, mas não afeta o problema central da injustiça tributária no Brasil".
Outro ponto importante é a desoneração entre 5% e 6% na contribuição patronal da Previdência Social e "será preciso analisar como ficará o financiamento da Previdência", afirmou.
O governo deve anunciar também a nova política de Desenvolvimento Produtivo, que dará uma orientação de como se desenvolverá a economia, emprego e renda no Brasil, enfim, qual será a política que orientará o crescimento.
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Fonte: DIAP
2 comentários:
Será que o pessoal da Diretoria do Sindipoucos (só olham pro HC´/FUNPAR e esquecem os Campi da UFPR e UTFPR) vai se empenhar em buscar melhorias nas condições de trabalho e de remuneração ou vão continuar fazendo CIRCO?
Acho que não adianta nem perguntar, pois essa Diretoria só gosta de fazer transações imobiliarias nebulosas pra ficar discutindo nos meios judiciais.
Lutar por salários, carreira, condições de trabalho, contratação de pessoal, nem pensar. Pra eles é só pensar em Pão e Circo!!!
è que o sinditodos teve umas aulinhas super intensivas com a tchurma do Molusco, isso ele sabia fazer bem e se sabia... dá-lhe bolsa esmola e vistas grossas para os luláticos coruptos...
Então lhe digo Sr.Perdido e sem esperanças sindicais!!! - UTFPR, Ctba disse...
Tamo é perido no mato sem cachorro...
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